País: Hungria
Não é nada fácil entrar no universo do mestre húngaro Béla Tarr, mas uma vez entrando, nunca mais conseguimos sair ou esquecer as magníficas imagens a preto-e-branco que conseguem falar por si próprias. Este é um filme repetitivo e duro de assistir, assim como é dura e repetitiva a vida das suas personagens. Baseado num evento registado em 1889 protagonizado pelo filósofo alemão Nietzsche, Tarr dá asas à imaginação, criando um filme sobre a morte. Um pai e uma filha tentam tudo para sobreviver, após o seu cavalo, único meio de subsistência, adoecer. Consegue fazer-nos suspirar de angústia e desconforto, com o "fim do mundo" para estas personagens a ser encarado com tristeza e resignação.